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Brahma - O Criador do Universo


Brama, Brahma ou Bramá é o primeiro deus da Trimúrti, a trindade do hinduísmo (os outros deuses são Vishnu e Shiva). Brama é o deus da música e das canções, com imagem representada como um ser de muitas faces. Além disso é considerado, pelos hindus, a representação da força criadora ativa no universo. A visão de universo pelos hindus é cíclica. Depois que um universo é destruído por Shiva, Vishnu se encontra dormindo e flutuando no oceano primordial. Quando o próximo universo está para ser criado, Brama aparece montado numa flor de lótus brotada do umbigo de Vishnu e recria todo o universo.

Senhor de todo o tempo, um dia de Brahma dura 4.320 milhões de anos dos mortais. Sua vida é um ciclo de 157.680 milhões de anos e é uma rod ado tempo eternamente em movimento. Vê e ouve tudo o que acontece, pois ele é tudo e está presente em todas as coisas. Esse conceito bastante abstrato de Brahma desenvolveu-se depois que ele iniciou a criação com um pequeno pensamento sobre o que queria estabelecer. Em alguns relatos, ele primeiro criou um rio que vertia de seu quadril, e tornou-se sua consorte Sarasvati, uma linda deusa. Juntos, eles criaram tudo no universo. Em outros relatos, ele criou místicos que eram capazes de usar seus conhecimentos para criar o universo, mas eles estavam mais interessados em sabedoria do que em ação. Brahma ficou furioso e de sua testa explodiu Rudra (tempestade e relâmpagos), que concluiu a criação em nome de Brahma.

Brahma vive o monte Meru, na ponta do Céu, milhares de quilômetros acima do mundo mortal. Como ele é tudo o que há, não precisa deixar o Céu, e passa a maior parte de seu tempo meditando, o que mantém o universo vivo. Como um conceito intelectual, é difícil para os artistas retratarem Brahma, mas ele geralmente aparece segurando os Vedas, montando um cisne ou pavão, ou reclinado sobre uma flor de lótus.


Brahma, a pura imensidão :

Este universo está totalmente dentro de Mim, na Minha forma não manifestada. Todos os seres estão em Mim, mas eu não estou neles. Ao mesmo tempo, nada do que foi criado está fora de Mim. Vejam o meu poder sobrenatural! Sustento todos os seres, Estou presente em toda a parte e, no entanto, Sou a própria fonte de toda a criação. Tal como no espaço etéreo se sustenta o vento poderoso, soprando por toda a parte, saibam que em Mim se sustentam todos os seres.

Esta definição do Brâmane na Bhagavad Cita dá uma ideia do carácter indefinível da sua encarnação divina, Brahma, o Criador, primeira pessoa da Trindade hindu, que, nas Leis de Manu, é «o Ser que só o espírito pode ver, sutil, sem partes distintas, eterno, encerrando em si todas as criaturas, incompreensível, aparecido espontaneamente». Brahma representa o absoluto divino, e todos os deuses hindus são apenas aspectos e encarnações desse absoluto. Entre Vishnu, o Conservador, e Shiva, o Destruidor, Brahma simboliza a possibilidade da existência resultante da coordenação desses princípios opostos.

Brahma é representado com quatro rostos e segura nas quatro mãos os quatro livros dos Vedas, bem como vários objetos: um cetro, uma colher ritual, um rosário, um arco ou uma bilha. Monta um cisne, símbolo do saber, ou está de pé sobre o lótus que sai do umbigo de Vishnu adormecido.

A primeira das suas criações é a sua filha-esposa Sarasvati. Depois de ter criado esta maravilhosa criatura, segue-a com os olhos, enquanto ela tenta fugir ao seu olhar, e é assim que se formam sucessivamente as quatro cabeças no corpo do deus. Quando Sarasvati se elevou no ar, apareceu uma quinta cabeça no topo do crânio de Brahma. O deus propôs então a Sarasvati que se unissem para que, juntos, engendrassem os deva e os asura, bem como o primeiro homem, Manu. Indignado por perceber a atração de Brahma por um ser que este engendrara, Shiva, deus do ascetismo, abre o seu terceiro olho e reduz a cinzas a quinta cabeça de Brahma.

Enquanto princípio criador, Brahma não é venerado na índia. Só um templo lhe é consagrado, em Pushkar. Os homens voltam-se naturalmente para Shiva ou Vishnu, que simbolizam vias espirituais mais conformes às suas aspirações e representam funções complementares.

Dizem que Brahma existe em um plano e em uma escala de tempo diferentes da vida mortal. Um dia de sua vida dura o equivalente a 4.320 milhões de anos humanos. Essa escala cósmica torna Brahma um deus distante. As outras duas divindades da trindade hindu (Vishnu e Shiva) têm mais contato com o mundo mortal e são mais cultuadas. Enquanto Brahma é responsável pela criaçãso cosmo, Shiva é a personificação da força e do conhecimento e representa a união dos opostos. Vishnu vem ajudar a Terra quando ela corre perigo, tomando a forma de um dos dez avalares.


O nascimento de Brahma

Na antiga mitologia hindu, há um deus supremo chamado Prajapati, senhor do universo, uma divindade eterna e não-conhecida que existe antes de tudo. É Prajapati que inicia o processo de criação do cosmo, trazendo Brahma, o deus criador, à existência. Em outros mitos Prajapati se mescla com Brahma.

Enquanto Prajapati, o senhor do universo, meditava, uma semente surgiu em seu umbigo. Uma planta de lótus brotou da semente e, ao crescer, fói sendo banhada por uma luz brilhante. Brahma nasceu desse lótus e da luz que o circundava. A luz, se espalhou pelo cosmo, e com ela Brahma, que se tornou assim a essência de todas as coisas e do poder nelas contido. Brahma também se tornou a essência do tempo um único dia de sua vida dura quatro bilhões e 320 milhões de anos humanos. Quando esses anos tiverem passado, o ciclo da Criação recomeçará e se iniciará uma nova era do cosmo.

Um cisne divino serve como veículo a Brahma. A ave tem a capacidade mágica de distinguir, quando misturados, o leite puro da água. Da mesma forma, devemos ver que o hbm e o mal estão mesclados no nosso universo e aprender a separá-los, mantendo o que imporia e livrando-nos do que não é importante.



Fontes: Wikipedia, templo de Apolo, WILKINSON, Philip & PHILIP, Neil. Brahma. in: __________, Guia Ilustrado Zahar de Mitologia. Rio de Janeiro/RJ: Zahar, 2008. Cap. VIII, p. 276. BARTLETT, Sarah. Brahma. in: __________, A Bíblia da Mitologia Tudo o que você queria saber sobre mitologia. São Paulo: Pensamento, 2012. Cap. II, p. 54-55
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