Calipso (em grego antigo: Καλυψώ), é uma ninfa da mítica ilha de Ogígia. Seu nome significa "esconder", "encobrir", "enganar" e "ocultar" no sentido de "ocultar conhecimento", o que é o oposto de Apocalipse, que significa revelar, o que sugere que Calipso foi uma Deusa da morte originalmente. Além de ter sido uma das deusas fiandeiras, que em várias mitologias são poderosas feiticeiras e traziam em si o poder da vida e da morte.
Há muitas versões sobre sua ascendência, Hesíodo diz que ela é uma das Oceânides filhas dos titãs Oceano e de Tétis, Outra versão diz que ela seria filha de Atlas com uma Deusa desconhecida (talvez Pleione, sendo, portanto, irmã das Pleiades). Outras versões afirmam que ela era filha de Hélios e Perse ou Perseida (o que a faria irmã de Eetes e de Circe). Mas há ainda uma quarta versão em que Calipso seria uma das Nereidas, filha de Nereu e Dóris.
Seja como for, Calipso vivia numa gruta dentro de uma montanha, na ilha de Ogígia, onde foi posta como prisioneira por apoiar seu pai na batalha entre os Titãs e o Olimpo. A gruta era profunda com amplos salões, que se abriam para jardins naturais, um bosque sagrado com grandes árvores e fontes que serpeavam por entre a relva. A entrada da sua morada era cercada por um bosque sagrado, onde havia uma fonte, também sagrada. Em todas as dependências e em plena natureza, ninfas, que lhe faziam companhia e a ajudavam na arte de fiar e tecer, trabalhavam cantando.
Mitologia
Na Odisseia (atribuída a Homero), quando Odisseu (também chamado de Ulisses, em latim), exausto, naufragou na costa da sua ilha após ter ficado a deriva durante nove dias no mar aberto, Calipso acolheu-o em sua morada e por ele se apaixonou. Passava os dias a tecer e a fiar, e neste tempo insistia em seduzi-lo com seu canto, oferecendo-lhe juventude eterna e a imortalidade se aceitasse ficar com ela para sempre. Segundo algumas fontes, Calipso deu à Ulisses dois filhos: Nausítoo e Nausínoo. Segundo outra, Calypso deu um filho, Latino.
O herói, entretanto, sem conseguir esquecer a sua pátria, a sua esposa, Penélope, e seu filho. Passados sete anos, após os quais Poseidon acalmara a sua ira, Odisseu contou a Deusa Atena o seu sofrimento e ela, sendo a protetora do herói, falou com Zeus que, compadecido, enviou Hermes até à presença de Calipso com ordem para que a mesma libertasse o seu hóspede. Calipso se irritou com tal ordem e reclamou que os deuses podiam dormir com a mulher que quisessem enquanto as Deusas não podiam se envolver com mortais, mesmo que escolhessem um como seu consorte. Mesmo contra a sua vontade, Calipso, que tinha um bom coração, forneceu os recursos para que Odisseu construísse uma jangada, deu-lhe provisões e assegurou-lhe as condições favoráveis para o caminho de volta ao lar.
Acreditando que ela salvou Odisseu, depois de perder seu amante de sete anos, Calipso tentou se matar. Mas por ser imortal, ela só passou por uma terrível dor e sofrimento.
Parentesco:
Filha dos titãs Oceano e de Tétis.
Filha de Atlas com uma Deusa desconhecida (talvez Pleione, sendo, portanto, irmã das Pleiades).
Filha de Hélios e Perse ou Perseida (o que a faria irmã de Eetes e de Circe).
Filha de Nereu e Dóris (sendo uma das Nereidas).
Amante de Odisseu.
Mãe de Nausítoo e Nausínoo e Latino.
Deusa com atributos semelhantes:
Mitologia Grega: Moiras.
Mitologia Nórdica: Nornes.