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Cerridwen - Deusa da Morte, Transformação e Inspiração



Cerridwen, também conhecida como Ceridwen, Cyrridven, Kerdwin, (pronincia-se Ker-id-uen) é uma feiticeira da mitologia celta da Gália, ela é considerada por muitos como a Deusa lunar da morte, renascimento, transformação e inspiração, uma Grande Mãe e Senhora.

Como uma Deusa do submundo, Cerridwen muitas vezes é simbolizada por uma porca branca, que representa tanto a sua fecundidade e fertilidade e sua força como uma mãe.

Por causa de sua sabedoria, muitas vezes é concedido o estatuto de Anciã à ela, o aspecto mais escuro da Deusa. Ela tem poderes de profecia e é a guardiã do caldeirão do conhecimento e inspiração no submundo. Como é típico de Deusas celtas, ela tem dois filhos: a bela Crearwy é justa e luminosa, mas o filho Morfran (também chamado Afagddu) é escuro, horrendo e malévolo. Esposa Tegid Foel, e eles viviam perto Bala Lake (Llyn Tegid) no norte de Gales. A poesia medieval se refere a ela como possuindo o caldeirão de inspiração poética e o conto de Taliesin relata ela ter engolido seu servo Gwion que, ao renascer através dela se torna o poeta e mago Taliesin. Sua busca por Gwion simboliza a mudança do ciclo anual do estações, da natureza da morte e do renascimento.

O caldeirão de Cerridwen é um dos muitos caldeirões de sabedoria celta. O caldeirão era um ponto central para o mistério religioso e representa a regeneração no útero da Deusa. Seu caldeirão foi chamado Awen era o caldeirão do conhecimento divino, da sabedoria, do renascimento e da inspiração.

Cerridwen chega em nossas vidas anunciando um tempo de morte e renascimento. Quando algo está para morrer, devemos permitir que se vá para que algo novo possa nascer. Não devemos encarar a morte como um fim, mas um renascimento.

Guando a Lua não brilha no céu e a escuridão é nosso legado, devemos deitar oferendas a Ela, que também olha por nós em nossos momentos de trevas.

As oferendas tradicionais são o ovo, a maçã, o azeite e os bolos. Mas a fragrância de um incenso especialmente escolhido e a chama delicada de uma vela negra também são oferendas recomendadas.

Mitologia

De acordo com o Mabinogion (um compilado de contos celtas), seu filho Morfran (também chamado Afagddu) era horrivelmente feio e Cerridwen quis torná-lo sábio. Ela tinha um caldeirão mágico (awen) onde podia preparar uma poção que lhe concedesse o dom da sabedoria e inspiração poética. A mistura deveria ser cozinhada por um ano e um dia mas, depois de dias produzindo a bebida, foi chamada por Dagda para uma reunião sobre o ataque que haviam sofrido dos Fomore; a Deusa formou o círculo de proteção sobre o caldeirão, porém ele evitaria espíritos e seres mágicos de atravessarem o círculo e se aproximarem do caldeirão, então ela deixou Morda, um homem cego, para manter o fogo aceso enquanto Gwion Bach, um menino, mexia seu conteúdo. As três primeiras gotas do líquido davam sabedoria; o resto, era um veneno letal. Três gotas quentes espirraram na mão de Gwion enquanto ele mexia, queimando-o. Por instinto, o garoto levou a mão à boca e instantaneamente ficou sábio. Percebendo que Cerridwen ficaria irritada, o menino fugiu mas a feiticeira o perseguiu. Usando os poderes da poção Gwion se transformou em um rato; Cerridwen virou um gato. Ele virou um peixe e se jogou no rio; ela se transformou numa lontra. Ele virou um passarinho; ela virou um falcão. Finalmente, Gwion se transformou em um simples grão de milho. Ceridwen então se transformou em uma galinha e o encontrou o grão sem problemas e comeu-o. Mas por causa da poção que ele não foi destruído. Quando ficou grávida, Cerridwen sabia que era Gwion e resolveu que iria matar a criança ao nascer. No entanto, quando o menino nasceu, era tão bonito que ela não conseguiu fazê-lo. Ao invés, ela jogou-o no mar dentro de um saco de pele de foca. A criança não morreu e foi resgatada numa praia britânica por um príncipe celta chamado Elffin ap Gwyddno. Elffin e sua esposa, que não tinham filhos, decidiram adotar o lindo bebê. Eles o chamaram de Taliesin. Ele cresceu e se tornou o maior poeta galês cujas palavras poderia curar todas as feridas e prever o futuro. Epítetos:

  • Deusa da Lua Negra

  • Grande Mãe

  • Senhora Branca da Inspiração e da Morte

  • Deusa da natureza

  • Senhora dos Grãos

Deusas com aspectos Semelhantes:


  • Mitologia Navajo: Estsanatlehi, a mulher que muda



Fontes: Dezmilnomes
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