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Eurínome - A Mãe dos Deuses e Criadora do Universo


Eurínome, ou "ampla viagem", é a Grande Dança dos povos pré-helênicos da Grécia. Era uma oceânide, filha de Oceano e Tétis. É grande deusa de todas as coisas.

Ela separou o céu do mar e, enquanto dançava nas ondas, criou o vento norte. O vento norte cresceu lascivo, então ela o aprisionou em suas mãos e formou uma serpente que chamou de Ófion. Eurínome fez amor com Ófion, seduzido pela dança extasiante, se enrosca por todo o corpo de Eurínome e então assumiu a forma de uma pomba para botar o ovo universal do qual proveio toda a criação. Ófion, não contente com o fato de ser uma criação de Eurínome, e co-criar com ela, alardeou que ele era o supremo criador. Eurínome arrancou seus dentes e o baniu.

A Deusa tinha um templo em Arcádia de difícil acesso que era aberto apenas uma vez por ano. Se peregrinos penetrassem no santuário, iriam encontrar a imagem da deusa como uma mulher com um rabo de serpente, presa com correntes de ouro. Nesta forma, Eurínome do Mar era considerada a mãe de todos os prazeres.

A lenda de Eurínome retrata bem a humanidade no período Paleolítico, quando o ato sexual ainda não era associado à gravidez e as culturas humanas não tinham conhecimento sobre o papel reprodutor do macho. A humanidade acreditava que as mulheres geravam os bebês por si próprias: ao ser picada por alguns insetos, comer determinado alimento ou se expor ao vento norte ou ao orvalho eram associações à gravidez. Em seu mito, Eurínome é o reflexo dessa crença, pois a partir do vento criou tudo o que existe no planeta, o que prova que é uma Deusa extremamente antiga.

Com o passar dos anos, Eurínome foi absorvida pelo culto às Cárites e posteriormente passou a ser considerada sua mãe. Após a ascensão do patriarcado, Eurínome foi injustamente rebaixada aos status de amante de Zeus, e de Criadora passou a ser considerada apenas uma titanide filha de Oceano e Tétis. Todavia, mesmo na versão patriarcal da mitologia grega, Eurínome e seu consorte Ofíon reinaram sobre o monte Olimpo até serem derrotados por Réia e Cronos.

Em algumas versões, Cronos lançou o casal no Tártaro. Em versões talvez mais antiga, Ofion e a esposa se refugiaram no mar após perderem o monte Olimpo para Cronos, onde, com Tétis, Eurínome ajudou a acolher Hefesto, que havia sido despejado do céu. Amada por Zeus, foi mãe das Cárites: Aglaia, Eufrósina e Talia. Eurínome possuía um templo muito antigo e famoso nos arredores de Figalia, na Arcádia. O santuário ficava no meio de um bosque de ciprestes e a estátua que representava Eurínome estampava a figura de mulher até as cadeiras, mas dái para baixo terminava em peixe.


Curiosidades

Por ser a Deusa do Universo, é dito que dificilmente Eurínome concede um pedido específico, porém quando o faz, suas bençãos são eternas e acompanham a venturosa pessoa por todas as encarnações. A lenda é um dos mais antigos mitos da Criação existente desde a invenção da escrita. Eurínome é a Mãe Primordial dos Deuses e a Criadora do Universo, que governou o Olimpo antes da chegada do patriarcado e do reinado dos Deuses masculinos.

Das quatro abstrações, que nasceram de Estige e Palante, Bia, a força, a violência, é a mais atuante: na Gigantomaquia encontramo-la lutando ao lado do Olímpico e no encadeamento de Prometeu, novamente ela surge juntamente com Crato, o Poder. As quatro fazem parte constante do cortejo de Zeus.

Fontes: "O Oráculo da deusa" - Amy Sophia Marashinsky , Ed Pensamento, Wikipedia, Templo de Apolo
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