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Ishtar - Deusa do Amor e da Guerra

Atualizado: 13 de mai. de 2022


Em primeiro lugar, Ishtar é o nome de uma divindade da Acádia, o primeiro império da Mesopotâmia. Desse modo, fez parte da cultura mesopotâmica no período de 2334 a.C. e era conhecida pela sua multiplicidade. Ou seja, era uma deusa associada à diferentes origens, habilidades e mitos.


Entretanto, Ishtar se popularizou como a primeira deusa do amor e da guerra no mundo. Desse modo, seu equivalente grego é Afrodite, mas também costuma ser associada à Asterote, Ísis e Easter. Além disso, é uma deusa que recebe diversos nomes de acordo com a região onde se estuda sua história.

Como exemplo, vale citar que os sumérios a chamavam de Inanna, enquanto outras comunidades do Oriente Próximo a conheciam como Astarte. No geral, o seu culto aconteceu nas regiões que hoje equivalem ao Iraque, parte do Irã, Kuwais, Síria e até a Turquia.


Origem e características de Ishtar

Comumente, a origem de Ishtar está associada à diferentes divindades. Como exemplo, cabe citar que existem mitos que a colocam como filha do deus lunar Sin e irmã do deus solar Shamash. Entretanto, outras mencionam que ela é filha do deus do céu Anu e da deusa da lua Nanna.


De qualquer modo, seu nascimento tem associação com deuses da natureza. Apesar das diferenças, ela costuma apresentar vínculos com o planeta Vênus, como sua contraparte Afrodite. Porque Ishtar tem origens variadas, ela tende a ser uma figura complexa. Ou seja, combina características de diversas partes da natureza, e ainda apresenta traços característicos tanto do bem quanto do mal.


Além disso, essa divindade representa a junção de diferentes deusas, totalizando uma imagem materna. Nesse sentido, é considerada a mãe dos deuses e dos seres humanos, criadora das bênçãos terrenas. Por outro lado, sua humanidade a fazia sofrer com os males terrestres, transformando-a em protetora dos casamentos e da maternidade.


Mais ainda, Ishtar também é apresentada como deusa do amor e da fertilidade. Como citado anteriormente, essa deusa é marcada pela dicotomia em sua história. No que diz respeito ao lado negativo, pode estar associada às guerras e tempestades.


Por exemplo, quando se pensa na sua relação com a guerra, seu poder se assemelha com o de Ares, pois poderia fazer seus inimigos tremerem de medo no campo de guerra. Em contrapartida, suas habilidades com a tempestade envolvem conjurar chuvas e trovões.


Lendas e outras características


Apesar de ter relação com a feminilidade e a maternidade, existem mitos que apresentam Ishtar como uma deusa egoísta. Em especial, uma lenda narra que ela desceu ao submundo e sacrificou seu marido Tammuz, também apresentado nos documentos históricos como Dumuzi.


A princípio, Ishtar resolveu visitar o submundo, que era governado por sua irmã Ereshkigal. Entretanto, não se sabe se era somente um passeio ou se ela tinha intenção de tomar o poder. De qualquer modo, o mito conta que a deusa do amor foi morta por sua própria irmã, após cumprir rituais de entrada no submundo que a deixaram enfraquecida.


Ainda que tenha morrido imediatamente, com o corpo pendurado em uma estaca, Ishtar renasceu. Sobretudo, a ação do deus Enki a salvou, mas a deusa teve que substituir seu corpo por outro a fim de sair do submundo. Por isso, ofereceu seu próprio marido Tammuz, deixando-o no reino de sua irmã para que pudesse viver.


No geral, essa história tende a ser associada com o mito de Perséfone na mitologia grega. Desse modo, a deusa mesopotâmica reforça os laços com a ideia do renascimento, transformação e fertilidade.


Portal de Ishtar

Em primeiro lugar, o Portal de Ishtar representa a fertilidade, e foi construído em homenagem à deusa Ishtar. Desse modo, a autoria dessa obra está associada às ordens do rei Nabucodonosor II, da Babilônia. Assim, estima-se que esse monumento foi construído por volta de 575 a.C.


Nesse sentido, o Portal de Ishtar representa uma das maiores construções da dinastia de Nabucodonosor, pois se trata de um longo corredor repleto de detalhes. Basicamente, esse empreendimento arquitetônico apresenta azulejos azuis brilhantes, com a figura de dragões dourados e leões em vidro. Além disso, abriga uma vasta antecâmara, com teto e vidros de cedro.


Normalmente, essa construção era usada para os rituais de fertilidade e cerimônias de casamento. Além disso, o Portal de Ishtar integrava as celebrações de adoração aos deuses, onde os povos politeístas da Babilônia cumpriam suas homenagens.

Mais do que uma herança da dinastia de Nabucodonosor, essa obra demonstra a influência da deusa mesopotâmica. Por fim, é considerado um importante símbolo da Antiguidade, principalmente pela riqueza de detalhes e a simbologia.



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