Divindades femininas eram poucas na mitologia maia e asteca, provavelmente porque o que restava de seus cultos na época em que os invasores espanhóis chegaram foi rapidamente destruído, assim como civilizações inteiras. Entretanto, havia uma deusa encantadora chamada Ixtab, a deusa do suicídio, muitas vezes representada com um círculo preto em seu rosto, simbolizando a decomposição. Os maias acreditavam que o suicídio era uma forma honrosa de morrer e que as vítimas de suicídio iam para o paraíso e não para o Mundo Inferior. Ixtab descia da forca em que se encontrava permanentemente pendurada no céu, e era bem recebida pelos familiares das vítimas de suicídio ao reclamar suas almas.
Só as pessoas que tivessem tido uma morte violenta ou se tivessem suicidado poderiam entrar nos reinos celestes. Ixtab, a deusa do suicídio, escoltava as almas das pessoas que morressem pelas suas próprias mãos até ao paraíso e servia-lhes comida e bebida à sombra da Árvore do Mundo. Ixtab é muitas vezes retratada como uma criatura terrível pendurada por um nariz.
Como deusa jovem e bela, Ixtab apraz-se em atrair os homens para a floresta, seduzindo-os e enfeitiçando-os para depois desaparecer. Alguns homens perdiam-se na floresta e os que encontravam o caminho para casa ficavam loucos, ansiando para sempre pelo seu amor.