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Olwen - A Deusa da Primavera e da Luz Solar


Olwen é uma Deusa galesa da primavera e da luz solar; é descrita como uma mulher bonita com pele pálida e cabelo amarelo que brilha enquanto ela se move sua magia faz com que todos as flores e árvores floresçam.

Filha do rei dos gigante, Yspaddaden, e tinha por pretendente Culhwch, um dos guerreiros de Artur. A madrasta de Culhwch odiava-o tanto que lhe lançou a maldição de só poder casar com a filha do temível gigante, mas ambos os jovens apaixonaram-se profundamente um pelo outro.

Seu nome, Olwen (ol que significa "pegada, caminho" e gwen "branco, justo, abençoado, também conhecida como Olwyn) significa "A Roda de Ouro", o que faz com que alguns a vejam como uma forca opositora a Arianrhod, cujo nome significa "A Roda de Prata". Um outro nome para ela era "Senhora do Rastro Branco" porque ela era tão bela que trevos brancos brotavam onde quer que ela andasse. Isto indica que ela pode ter sido uma deusa tripla em si própria com várias outras associações há muito perdidos para nós.

O herói Culhwch era seu pretendente, que foi em uma jornada mítica para encontrá-la depois que seu pai, que saiba que ele iria morrer caso se casassem, a escondeu. Nesta parte do mito, ela é a Rainha de Maio, parceira do jovem Deus que toma lugar do antigo que se sacrifica.

Olwen também teve aventuras em terra das Fadas depois que ela foi capturada. Ela foi resgatada por seu pai depois de um ano e um dia de cativeiro. (As Rainhas de Maio estão muitas vezes ligadas aos reinos das fadas).

Ela é relacionada às artes, a criatividade e excelência, seus símbolos são flores que florescem tardiamente, itens e anéis vermelhos e dourados.

Culhwch e Olwen

Datado do século XI, a história de Culhwch e Olwen baseia-se em diversos contos folclóricos tradicionais e é a mais antiga lenda arturiana em Gales. O rei Arthur e seus cavaleiros aparecem num cenário totalmente céltico da Idade do Ferro, com referências à Mabon e aos ferreiros, descrevendo repleta de seres míticos e animais sagrados.

Culhwch era filho de Cilydd (filho do rei Celyddon) e Goleuddydd, filha de Amlawdd Wledig.

Goleuddydd enlouquece durante a gravidez e foge para o campo. Quando ela está em vias de dar à luz, seus sentidos volta, e ela se refugia com um guardador de porcos. O guardador dos porcos leva o bebê para longe para ser batizado como Culhwch.

Após o nascimento, Goleuddydd torna-se fatalmente doente e, antes de morrer, fala para o marido não se casar novamente até que ele veja um arbusto com duas flores em seu túmulo. Cilydd concorda. Ela também ordena que uma pessoa visite seu túmulo todos os anos e mantendo-o bem aparado, para que nada cresça lá. Cilydd envia uma pessoa para seu túmulo de sua esposa todos os dias para ver se há algum arbusto. Após sete anos, a pessoa encarregada a aparar o mato do túmulo negligencia seus deveres. Um dia, enquanto a caça, Cilydd vê um arbusto com duas flores em cima da sepultura de sua esposa. Ele toma isso como um sinal para se casar novamente. Ele mata o rei Doged e se casar com sua viúva.

A nova esposa de Cilydd pede a Culhwch que despose sua filha. Ele recusa o pedido e, ofendida, a nova rainha lança-lhe uma maldição fazendo com que o jovem não possa se casar com ninguém além da bela Olwen, filha de Yspaddaden Pencawr (Benkawr), um gigante pavoroso.

Embora ele nunca tenha visto sua prometida, Culhwch apaixona-se por ela, mas seu pai o adverte que ele nunca irá encontrá-la sem a ajuda de seu famoso primo Arthur. O jovem imediatamente parte para encontra-lo na corte de Celliwig, na Cornualha.

Arthur concorda em ajuda e envia seis de seus melhores guerreiros (Cai, Bedwyr, Gwalchmei, Gwrhyr Gwalstawd Ieithoedd, Menw e Cynddylan Cyfarwydd) para se juntar Culhwch na sua busca de Olwen.

Um dia o grupo chega a um castelo onde encontra um pastor chamado Custennin, que era irmão de Yspaddaden e cuja mãe era irmã da mãe de Culhwch. O casal levou Olwen ao encontro do herói que lhe pediu em casamento, mas a bela só aceitaria com o consentimento de seu pai, uma vez que, segundo uma profecia, ele morreria quando a filha se cassase.

Culhwch e seus companheiros entraram em um castelo onde servos mantinham abertos os olhos do gigante, usanso garfos, para que ele pudesse ver seus visitantes. Culhwch pediu a mão de Olwen em casamento e o gigante concordou em pensar no assunto mas, quando os cavaleiros iam se retirando, atirou uma lança contra eles. Bedwyr a segurou e atirou-a de volta, ferindo Yspaddaden no joelho. O mesmo aconteceu no dia seguinte e no outro, provocando o ferimentos no peito e num dos olhos do gigante.

Finalmente Yspaddaden consentiu no casamento com a condição do jovem realizar uma série de tarefas. Entre outras coisas, ele teria de extirpar uma floresta, queimar a madeira para fertilizante e arar a terra desbravada num só dia; convencer o Deus ferreiro Govannon a forjar-lhe as ferramentas; arrastar quatro fortes touros para o ajudar; obter sementes mágicas; produzir mel nove vezes mais doce que o de uma colmeia virgem; trazer um cálice mágico e um cesto de comida deliciosa; obter do rei Gwyddbwyll o corno de beber e de Teirtu a harpa mágica, um instrumento que tocava sozinho; capturar os pássaros de Rhiannon, cujo canto despertava os mortos e embalava os vivos; buscar um caldeirão mágico, um dente de javali para o gigante se barbear e creme para a barba feito do sangue de uma bruxa; roubar um cão de mágico, a trela e o açaime; empregar o caçador Mabon, filho de Modon, que primeiro teria de libertar da prisão; encontrar um corcel maravilhoso e cães velozes; furtar um pente, tesouras e uma lâmina de entre as orelhas de um javali feroz; e convencer uma quantidade de convidados improváveis a virem à praça-forte de Yspaddaden.

Sem se deixar atemorizar com o número e complexidade das tarefas, Culhwch disse que o rei Artur lhe dispensaria cavalos e homens para o ajudar e informou também o gigante de que havia de voltar para o matar. Culhwch obteve os seus intentos, matou Yspaddaden e casou com Olwen.


Einion e Olwen

O nome "Olwen" reaparece no conto folclórico Einion e Olwen, que fala de um pastor de ovelhas que viaja para o Outromundo para se casar com Olwen. O conto foi coletado na virada do século 20 e provavelmente era relacionada a Culhwch e Olwen.

Em um dia nublado e com neblina, um jovem pastor que ia para as montanhas se perdeu e andou por horas sem rumo até, finalmente, chegar a uma área baixa, cercada por juncos, onde viu uma série de anéis redondos. Ele tentou voltar para sua casa mas não conseguiu, então um velho de olhos azuis apareceu. o menino, tentando encontrar o caminho para a sua casa, seguiu o velho em silencio. Pouco depois eles chegaram a um menhir (uma pedra longa). O velho bateu três vezes na pedra e revelou um caminho estreito com degraus que os levaram a uma terra arborizada, com solo fértil, um belo palácio, rios e montanhas.

No palácio havia música e vozes por todos os lados, durante as refeições, os pratos a apreciam e sumiam sozinhos mas o jovem não viu ninguém além do velho. Quando o jovem pastor quis perguntar ao velho onde eles estavam, percebeu que sua voz havia sumido. Logo uma velha senhora sorridente apareceu acompanhada de três belas donzelas que sorriam e tentaram conversar com o menino que nada pode dizer. Uma das donzelas beijou o jovem pastor e, de repente, ele começou a conversar livremente.

Em pleno gozo do maravilhoso local, o jovem pastor viveu com as donzelas no palácio por um dia e um ano, mas todo esse tempo pareceu ser apenas um único dia pois naquela terra não dava para perceber a passagem do tempo. Quando passou um ano e um dia, o jovem sentiu um desejo de ver seus velhos conhecidos; e agradecendo o velho por sua bondade, ele perguntou se poderia voltar para casa. O velho pediu que ele esperasse mais um pouco e assim ele esperou. A donzela que o beijou não estava disposto a vê-lo partir; mas quando ele prometeu a ela voltar, ela deixou-o ir embora carregado com muitas riquezas.

De volta a sua casa, nenhum de seus velhos amigos reconheceu o jovem pastor. Todos acreditavam que ele havia sido assassinado por outro pastor que foi acusado de assassino e fugiu para longe.

No primeiro dia da lua nova o jovem lembrou de sua promessa e retornou ao Outromundo e houve grande alegria no belo palácio quando ele chegou. Einion, pois esse era o nome do menino, e Olwen, pois esse era o nome da menina, agora queriam se casar; mas eles tinham que fazê-lo em silêncio e secretamente porque ao povo não agradava cerimonias e ruído. Quando o casamento estava acabado, Einion quis voltar com Olwen ao seu mundo. Então foram dados dois pôneis brancos como a neve e eles foram autorizados a partir.

Eles chegaram ao mundo superior com segurança; e com riqueza ilimitada, Einion viveu como um senhor generoso em uma grande propriedade. Einion e Olwen tiveram um filho chamado Taliessin. As pessoas logo começaram a pedir a ascendência de Olwen, e, como nenhum foi dada o povo decidiu supôs que ela era descendente do povo fada, fato que Einion admitiu ser verdade, afinal, ela também tinha duas irmãs tão belas quanto ela, que, se alguém visse as três juntas, teriam certeza serem fadas'. E esta é a origem do nome "Povo das Fadas" (Tylwyth Teg).


Parentesco:

  • Filha do rei dos gigante, Yspaddaden Pencawr.

  • Prima de Goreu.

  • Esposa de Culhwch (na versão do Mabinogion - coletânea de manuscritos em prosa escritos em galês medieval).

  • Esposa de Einion (em uma versão folclórica)


Deusas com os atributos semelhantes:

  • Mitologia Nórdica: Eostre e Freya

  • Mitologia Grega: Perséfone


Fontes : Dezmilnomes
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