Sif (também conhecida como Sifjar ou Síbia) é considerada regente da fertilidade da vegetação, dos campos dourados de trigo no verão, da excelência e da habilidade em combate e aprecia muito guerreiros leves e habilidosos, que não necessitam só de força bruta para vencer suas batalhas.
Descrita por ser uma mulher belíssima, envolta por longos e fartos cabelos dourados, que usava roupas simples de camponesa, mas com um cinto de ouro e pedras preciosas, por isso também pode ser relacionada a prosperidade e vaidade. Ela possui ainda a habilidade de se transformar em cisne. Sif é da raça mais velha dos deuses, os Aesir.
De seu primeiro casamento com o Gigante Orvandil, Sif teve um filho chamado Ullr (também conhecido como Uller, que significa "magnífico"), Deus da Justiça. Ullr amava o frio e se divertia esquiando ou patinando nas regiões cobertas de neve e gelo, bem como caçando nas florestas de Jötunheim. Após se casar com Thor, ela teve Thurd ( Þrúðr do nórdico antigo, "força") deusa regente do tempo cuja raiva trazia as nuvens escuras de chuva e as tempestades, e o bom humor deixava o céu da cor de seus olhos azuis. Há mitos que dizem que Thurd era uma das Valquírias, porém não se é especificado se eram Deusas diferentes ou a mesma Deusa. Também há mitos que citam uma segunda filha, filhas Lorride (também conhecida como Lóriði, Loridi) mas pouco se sabe sobre ela. Sua união com Thor representa a união dos céus com a terra, a chuva que cai e fertiliza o solo. Há ainda contos que dizem que Sif e Thor tiveram dois filhos, Magni ("poder") e Modi ("raiva" ou "bravura"), que estão destinados a sobreviver ao Ragnarok e herdar o martelo Mjollnir de Thor. Outros contos atribuem a giganta Jarnsaxa "Espada de Ferro" a maternidade de Magni e Modi.
Mitologia
Segundo uma história do Skáldskaparmál (a prosa de Snorri no Edda - coletâneas de textos com histórias referentes aos deuses e heróis da mitologia nórdica e germânica), Sif tinha grande orgulho da sua longa cabeleira (que, segundo algumas fontes, neste momento, seus cabelos eram negros como a noite), que lhe cobria da cabeça aos pés, como um véu. Era o símbolo da Terra, como Jord (mãe de Thor e a personificação da terra). Thor também era muito orgulhoso da linda esposa e seus longos cabelos. Portanto, quando encontrou-a dado dia totalmente careca, como as terras áridas castigadas pelo inverno, se enfureceu. Thor descobriu Loki, Deus das brincadeiras, era o culpado por ter cortado seus lindos cabelos dourados durante seu sono. No poema Lokasenna do Edda, Loki acusa Sif de adultério, vangloriando-se de ter sido seu amante sendo que foi assim que conseguiu cortar seus cabelos, porém sem que existam comprovações em outros mitos sobre esse fato. Enquanto em outras culturas "cortar os cabelos" era o castigo imposto às adúlteras, as mulheres nórdicas eram livres para se divorciar quando se sentiam insatisfeitas nos casamentos. Thor, quando viu o desespero de Sif, forçada ao isolamento devido à perda de sua linda cabeleira, em um acesso de raiva agarrou e ameaçou a quebrar os ossos de Loki, um por um até matá-lo, mas, diminuir a ira de Thor, ele jurou contornar a situação. Loki adentrou o centro da terra e persuadiu o ferreiro Dvalin e os anões a fazerem não só um novo cabelo mágico para Sif, mas também um navio mágico e uma lança para serem dados de presente a outros Deuses para diminuir a revolta deles por mais esta ofensa e falta de respeito. Mas Loki também fez uma aposta com outros dois anões, Brokk e Sindi, desafiando-os a fazer melhores tesouros. Loki estava tão certo do resultado que ele havia deixado sua cabeça a prêmio. Subestimando as habilidades dos anões, ele percebeu, com um choque, que Brokk e Sindi estavam ganhando! Em desespero, ele se transforma em uma mutuca, mordendo e importunando os anões enquanto eles trabalhavam. Apesar disto, eles conseguiram produzir vários tesouros, sendo o mais famoso deles o Mjolnir.
Os deuses foram então chamados a julgar a disputa e declararam Brokk e Sindi os vencedores. Loki rapidamente desapareceu. Quando ele foi localizado ele foi entregue aos irmãos anões, e desta vez Loki concordou que eles tinham o direito de ter sua cabeça, mas a aposta não havia dito nada sobre seu pescoço. Frustrados, os anões se contentaram em costurar os lábios de Loki.
Segundo alguns mitos, os anões pegaram fios da luz do sol, em outros, foi usando fios de ouro que Dvalin criou uma cabeleiratão perfeita quanto a original para Sif que quando tocou a cabeça da dela, cresceu como se fosse seu próprio cabelo.
À Odin foi dado a lança Gungnir, quando lançada nunca erra o alvo, e sempre volta à mão de seu possessor.
À Thor foi dado Mjöllnir o martelo mágico que serviria tanto para construção como para a destruição, dizem vertentes que Loki atrapalhou a confecção do martelo, por isso ficou "pequeno". À Frey foi dado o navio Skídbladnir (Skídhbladhnir, Skíthblathnir, Skidbladnir, Skithblathnir ou Skidhbladhnir), que podia navegar por mar, céu e terra. O barco de grandes dimensões ainda podia ser dobrado e se tornava tão pequeno que cabia na palma da mão Foi criado pelos filhos de Ivaldi a pedido de Loki que desejava a união entre os AEsir e os Vanir.
Em outro mito, Sif foi barbarizada pelos gigantes seguidores de Surt. Depois que souberam da morte de Donnar pela serpente, os gigantes de fogo invadiram o Bilskirnir, onde Sif se escondia.
De acordo com a profecia Sif vai morrer no Ragnarok, mas os Eddas não explicam como e por quem.
Parentesco:
Filha de Mandifari e Hretha.
Esposa do gigante Orvandil, depois se casou com Thor
Mãe de Thrud e Lorride em alguns mitos. Também é dita ser mãe de Magni e Modi e em outros.
Deusas com os mesmos atributos:
Mitologia Grega: Deméter.
Mitologia Romana: Ceres.
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